O calor chegou e junto com ele a temporada de pancada de chuva que marca o período da primavera. E esta mudança no clima ascende um alerta para o surgimento do temido mosquito Aedes Aegypti, responsável por transmitir o vírus da Dengue, Chikungunya e do Zika Vírus.    4l2i4h

E segundo Geraldo Aparecido de Moura, que é Coordenador/Supervisor de Vigilância Ambiental em Saúde/Endemias, esse é um período propício para o aparecimento do mosquito. “Estamos no período de maior infestação vetorial (Aedes aegypti) e, consequentemente, de risco de introdução e circulação viral”, explicou. Segundo ele, a transmissão do vírus pelo mosquito pode acontecer durante qualquer época do ano, porém, no período de chuva e de altas temperaturas a ocorrência é bem maior.

Em entrevista ao Portal Arcos ele contou que neste ano, até o momento, foram notificados 65 casos prováveis de dengue, onde 17 casos foram confirmados, 1 caso foi de dengue grave e 47 casos foram descartados.

Em 2021, em plena pandemia da Covid-19, o número de casos foi bem maior, com um total de 201 notificações de casos prováveis, onde 86 casos foram confirmados e 115 foram descartados.

Queda nos resultados do LIRAa

Assim como o número de casos deste ano, os resultados do LIRAa também foram positivos. Segundo Geraldo Moura, a cidade de Arcos começou o ano com uma infestação muito alta, porém, com o ar do tempo os números foram diminuindo. No primeiro LIRAa, realizado de 24 a 28 de janeiro, o índice de infestação predial foi de 10% (alto risco). No segundo LIRAa, que ocorreu de 02 a 06 de maio, o índice caiu para 4,6% (alto risco), e no mês de junho caiu para 2,1% (médio risco).

Neste ano ainda será realizado mais um LIRAa. Segundo Geraldo Moura, ele acontecerá na segunda semana de novembro, entre os dias 06 e 11.

Ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti

Mesmo com a redução dos casos neste ano, isso não muda o fato de que todos devem realizar em suas casas ações preventivas para combater o mosquito.

“O mosquito Aedes Aegypti se reproduz em água parada e neste período de altas temperaturas o ciclo evolutivo (ovo, larva, pupa e mosquito) é de uma semana, com isso, se você deixar sua caixa sem tampa ou mal tampada, sua calha suja, vaso de planta com água, caixa de degelo da geladeira, caixas de agem, ralinhos, materiais descartáveis, matérias de construção, enfim, todo tipo de recipiente que acumule água por mais de seis dias, certamente uma nova geração de mosquitos surgirá. Mas, o importante é termos uma consciência e educação ambiental”, ressaltou.

Segundo ele, as pessoas estão fazendo descartes de forma irregular em vias públicas, lotes vagos, rodovias e estradas rurais, e isto além de gerar prejuízos para o meio ambiente pode também trazer sérios problemas de saúde pública.

Trabalhos desenvolvidos pelos Agentes de Endemias

Perguntamos a ele, quais trabalhos o setor de endemias vem desenvolvendo para combater o mosquito e reduzir o número de casos da doença.

Ele explicou que o município trabalha e segue normas e regras do Ministério da Saúde, e o que é preconizado pelo Manual de Normas técnicas são: as inspeções bimensais em residências, terrenos baldios, comércios e outros tipos de imóveis. E também inspeções quinzenais em pontos estratégicos, como oficinas, borracharias, depósitos de ferro velho e acumuladores.

Nessas inspeções os Agentes de Endemias devem descobrir e eliminar criadouros e, se for necessário, utilizar larvicida.

Como realizar denúncias?

Ao final da entrevista perguntamos como as pessoas podem realizar denúncias de casas abandonadas e lotes vagos que estejam acumulando água parada e, com isso, necessitam de inspeção. Em resposta, Geraldo Moura disse em caso de situação de risco as pessoas podem solicitar uma inspeção aos Agentes de Endemias, pelos números: (37) 3351-7133 / 3352-1056