Doze de março do corrente ano, dez horas da manhã. Minha cadela de 14 anos está morrendo. Despeço-me dela com o coração dolorido pela iminência da separação, dizendo-lhe: “─Brisa, vá em paz! Sou-lhe grata por todos esses anos de intensa convivência e amor. E não se preocupe, morrer não dói. Os amigos espirituais te esperam lá e estão lhe ajudando a desencarnar e também a reencarnar muito rápido, logo você poderá comer pão...” E ela partiu. 1q2e4i
Desde então, não mais a vi, mas sei que já reencarnou com certeza. Não porque adorava pão, mas porque, segundo o Espiritismo, “depois da morte do animal, o princípio inteligente que nele havia se acha em estado latente (não aparente, não disponível) e é logo utilizado, por certos Espíritos incumbidos disso, para animar novos seres (reencarnação), em os quais continua ele a obra de sua elaboração. Assim, no mundo dos Espíritos, não há Espíritos errantes (desencarnados) de animais, porém unicamente Espíritos humanos” (1), ou seja, infelizmente, não vamos encontrar com nossos animaizinhos no plano espiritual, pois estes reencarnam quase imediatamente, “não tendo tempo de entrar em relação com outras criaturas.” (2) Isto se dá porque “há uma lei geral que rege todos os seres da criação, animados e inanimados. É a lei do progresso, sendo que as almas dos animais são a ela submetidas pela força das coisas, razão por que não estão sujeitos à expiação.” (3) Apesar de conservarem sua individualidade não têm consciência do seu eu, como acontece conosco. A vida inteligente lhe permanece em estado latente e não tendo o que expiar ou provar, por ainda não possuírem o livre arbítrio, “reencarnam rapidamente, neste ou em outros mundos para continuar a progressão automática até aperfeiçoarem-se e atingirem o ponto máximo, para então, tornarem-se Espíritos humanos.” (4)
Atentemos para este detalhe: reencarnam neste ou em outros mundos e também não necessariamente em nosso lar, como descrevem muitos filmes lindos sobre animais. Acontece assim, pelos mesmos motivos descritos acima. Sei que para muitos de nós esta notícia não é boa e nem consoladora, uma vez que adoraríamos receber novamente nossos animais de estimação como nossos companheiros de jornada. No entanto, se pensarmos somente no bem deles, ficaremos felizes em saber que, mesmo não estando conosco, estarão progredindo no sentindo da inteligência da vida material e prosseguindo incólumes para a mesma destinação de todos os seres da Criação: a perfeição relativa.
Minha cadela desencarnou ─ essa é a realidade de todos os animais, assim também como é a nossa. E o que resta disso? O aprendizado no amor, no cuidado, no crescimento, e, sobretudo, na parceria entre todos os seres da Criação. Diante das maravilhas e oportunidades que batem todos os dias à nossa porta, só podemos concluir o quanto é importante tirar proveito de cada momento que fruímos em cada encarnação, pois tudo “se harmoniza mediante leis gerais, que por nenhum de seus pontos deixam de corresponder à sublime sabedoria do Criador.” (5)
E fazendo o melhor que pudermos em tudo, cresceremos sempre em amor, alegria e paz, mesmo que as coisas, aparentemente, não estejam tão bem.
Muita paz a todos!
Ana Dulce Pamplona Frade
Centro Espírita Bezerra de Menezes
Rua Olegário Rabelo, nº 455, Bairro Brasília, Arcos/MG
Reuniões Públicas às terças feiras às 20hs e às quintas feiras às 19:30hs.
Aos sábados: Evangelização infantil e Escola de pais às 09:30hs; às 17h Campanha do Quilo e às 18:30hs Mocidade espírita.
Referências:
(1) Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, item 283.
(2) Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 600 a 602.
(3) Allan Kardec, Revista Espírita, março de 1864.
(4) Allan Kardec, Revista Espírita, março de 1860.
(5) Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, questão 604.
Fonte da imagem: Disponível em https://www.facebook.com/espiritismobrasilcom/posts/1140809959301645/
Rua Olegário Rabelo, nº 455, Bairro Brasília, Arcos/MG
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