Em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o TEAcolhe realizou hoje em Arcos uma eata no centro da cidade. A eata contou com a participação dos membros da associação e de familiares de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). 2j1g21
Às 09h foi realizada panfletagem na Praça do Vivi e em seguida foi realizada a eata até a praça Floriano Peixoto, onde teve pipoca, algodão doce e aeróbica para todos os presentes.
A reportagem do Portal Arcos esteve presente na eata e conversou com Lourdes Rabelo Gomes, que é voluntária no TEAcolhe. Em entrevista, ela falou sobre importância da conscientização de toda a sociedade, tendo em vista que a cada dia o número de pessoas com autismo tem aumentado.
“Hoje nós estamos comemorando o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, estamos comemorando hoje, mas, a data correta é dia 02 de abril. Porém fizemos hoje porque para as escolas participarem tem que ser durante a semana. As escolas estão com muitas crianças com o diagnóstico de autismo, tem crescido muito, por isso fizemos questão das escolas estarem participando. Nós todos que não somos atípicos temos o nosso jeito de ser e os autistas também tem o seu jeito de ser. Então essa eata é para sensibilização de que todos nós devemos respeitar o outro independente de como ele é. E nós temos diversos níveis do autismo, nível 1, 2 e 3, então mesmo que a pessoa seja autista cada uma tem um comportamento diferente, nós conseguimos ver uma imensa diversidade nessas pessoas. Por isso, nós todos devemos respeitar o outro”, ressaltou.
“Precisamos de uma conscientização da população, pois dói na gente quando a gente sente o preconceito” - Virgínia Roque Miranda Valadão
Também conversamos com Virgínia Roque Miranda Valadão, que é mãe da Mariana, 8 anos, que tem autismo leve. Na entrevista perguntamos para ela quais são as dificuldades encontradas por ela e sua filha, na sociedade em um todo.
“A sociedade precisa ainda mais dessa conscientização, pois é o meio que a gente vive. Com relação a escola eu não tenho nada a reclamar, desde que descobrimos nós sempre tivemos e. Já os atendimentos de terapia, fonoaudiólogo, psicólogo já são muito carentes, pois, o único lugar que oferta é a APAE. Eu por exemplo, não tenho condições de pagar, algumas mães têm condições, mas, não são todas e nem todo plano de saúde cobre. Então nós precisamos de um centro especializado voltado para o TEA” comentou.
Segundo ela, outra área de dificuldade são os atendimentos com neurologista onde as consultas são caras e os pais não recebem nenhum apoio do SUS (Sistema Único de Saúde).
Virgínia também destacou que a conscientização também deve continuar sendo feita para que as pessoas entendam e tenha mais empatia.
“Na sociedade sempre tem que melhorar, tem sempre que estar conscientizando, porque precisa de mais empatia. Precisamos de uma conscientização da população, pois dói na gente quando a gente sente o preconceito, não nas palavras, mas, no olhar, nos gestos e isso é muito complicado. Porque eles não sentem, a minha filha se você falar algo com ela aqui agora, daqui cinco minutos ela estará te abraçando e beijando”.
“[...] As crianças com autismo têm recebido da Secretaria de Educação esse apoio e nós estamos vendo que está se estendendo para todas as redes [...]” – Secretária de Educação Sônia Zuquim
Também conversamos com a Secretária Municipal de Educação Sônia Zuquim, que estava presente na eata. Em entrevista ao Portal Arcos ela falou sobre a conscientização e sobre o apoio da Secretaria de Educação junto as crianças com autismo.
“Esse movimento de hoje é muito importante para a conscientização geral de toda a sociedade com relação a inclusão dos autistas e de todas as outras pessoas portadoras de deficiência. Com relação as crianças com autismo, elas têm recebido da Secretaria de Educação esse apoio e nós estamos vendo que está estendendo para todas as redes, a Estadual e a particular também. Devemos ressaltar também a importância dessa entidade o TEAcolhe que está promovendo essa conscientização com o envolvimento de toda a comunidade”, comentou.
“O que se vê é uma maior procura dos pais para o diagnóstico e para que as crianças sejam acompanhadas. Antigamente essas crianças viviam infelizmente reclusas”’ – Paula Helena Goulart Rodrigues
Ao final, a reportagem do Portal Arcos conversou com Paula Helena Goulart Rodrigues, que é assessora de gestão escolar e responsável pela pasta da educação especial na cidade de Arcos.
Na entrevista, perguntamos como tem funcionado o ensino e o acolhimento a rede escolar aos alunos com autismo.
Em resposta, ela disse que: “a Secretaria Municipal de Educação de Arcos tem o atendimento educacional especializado, que é um atendimento diferenciado para as crianças que fazem parte tanto da educação especial, quanto da educação inclusiva. Esse atendimento mais específico tem a sala de recursos, que funciona dentro da secretaria de educação, com atendimento de professoras da educação especial que fazem um atendimento diferenciado específico para cada criança. É um e muito importante que auxilia no desenvolvimento delas”.
Além disso, ela explicou que a secretaria tem psicólogas escolares que acompanham tanto as demandas das escolas quanto os alunos e pais que ainda precisam de uma orientação para buscar um auxílio até mesmo médico. Dentro das escolas todos os alunos que são da educação especial possuem um professor de apoio e o atendimento educacional especializado. A secretaria também presta assistência a esses professores de apoio e professores regentes, em relação a adaptação de atividades, o tipo de atividade que cada criança necessita e o acolhimento nas escolas.
Perguntamos a ela se a secretaria também tem percebido um aumento no número de crianças com autismo.
Ela respondeu que: “essa é uma demanda que vem aumentado não só em Arcos, mas, a nível mundial, pelo que vemos e acompanhamos em cursos que fazemos, seminários. Nós temos visto esses dados que são levantados pelas secretarias de saúde com uma demanda mundial do diagnóstico do autismo. Existem estudos com relação a isso e o que se vê é uma maior procura dos pais para o diagnóstico e para que as crianças sejam acompanhadas, antigamente essas crianças viviam infelizmente reclusas, os pais as vezes negavam o diagnóstico. Já hoje, felizmente, a gente vê a sociedade aberta a isso e, por isso, está tendo uma procura maior pelas terapias, pelos médicos e por algumas formas que vão ajudar a criança se desenvolver plenamente”, finalizou.
O evento retorna para sua 6ª edição, reafirmando sua importância para a música independente de Arcos e região. Com entrada gratuita e espírito de resistência, o festival será mais do que um evento, será um grito pela valorização da cultura autoral.
O campeonato acontecerá em julho na Casa de Cultura, reunindo enxadristas da cidade e convidados de toda a região. Com premiações especiais e duas categorias de disputa, o evento promete ser um grande encontro de estratégia e talento no tabuleiro!
Já tentou resolver um problema com um robô e só encontrou respostas prontas? Por que empresas ainda ignoram a frustração de quem só quer ser ouvido?
A equipe destacou-se e trouxe para Arcos dois cinturões e 17 medalhas, mostrando que talento e determinação são marcas registradas do time. Esses resultados reforçam a importância do esporte na transformação social e no incentivo a novos atletas.