Somos frequentemente abordados acerca da natureza das práticas espíritas, mais ou menos nestes termos, dentre outros: “Se eu for ao Centro Espírita vou ver os espíritos"> meu filho morto?” “Seu Centro é de mesa branca ou preta?” E por aí vai. 451m65
Muito natural este tipo de dúvida. Chegamos a perceber inclusive, um certo preconceito contra os espíritas em alguns segmentos da sociedade.
O fato é que, apesar de estarmos na era digital, o Espiritismo ainda não é bem conhecido pela maioria das pessoas e talvez seja até mal divulgado, pois confundem a Doutrina Espírita com práticas afro-brasileiras que datam da escravidão. Não estamos aqui desmerecendo-as, mas se tratam de coisas totalmente diferentes, que apenas têm em comum a prática da mediunidade. Estamos falando da mediunidade em si, não da maneira como é trabalhada em cada setor religioso. O que as pessoas não sabem ou esquecem, é que suas religiões também praticam a mediunidade. TODAS, sem exceções! Mas isto é uma outra história...
Segundo a Doutrina Espírita, estamos (atenção para o verbo estar) Espíritos encarnados neste momento, podendo e devendo fazer uso de nossas faculdades espirituais e nos relacionarmos com o plano invisível. E para aliar esta teoria à prática, nos Centros Espíritas utilizamos a prece, o estudo, a prática da caridade, a ação sobre os fluidos (es, água fluidificada, vibrações) e o intercâmbio mediúnico.
Nossa Doutrina é ainda composta por três aspectos: Ciência, Filosofia e Religião, tendo nesse último quesito, Jesus Cristo como nosso guia e modelo para a prática espírita, pois somos cristãos. Ele nos ensina através de seu exemplo e da sua irável didática contida no Evangelho, a praticarmos esses princípios com sinceridade, baseada na verdadeira fé e na razão; com simplicidade, sem necessidade de qualquer fórmula ou exterioridade; e sempre visando o bem, ou seja, o cumprimento da vontade Divina.
Mas então, o que não se pratica num Centro Espírita?
Um Centro Espírita comumente deve ser uma instituição absolutamente legalizada, onde se veicula única e exclusivamente a DOUTRINA ESPÍRITA, religião-científico-filosófica (pode-se trocar a ordem das palavras sem prejuízo para o conceito do Espiritismo) compilada em 1857, pelo pedagogo francês Allan Kardec. Essa veiculação traduz-se pelo Movimento Espírita, a união dos espíritas para a prática doutrinária, dentro de um movimento organizado.
Determinadas práticas são totalmente estranhas ao Espiritismo, embora muitas pessoas acreditem o contrário. Dizem: “Espiritismo é coisa do capeta!”; “Espiritismo é feitiçaria!”; “Cruz-credo, não vou nem em almoço beneficente de Centro Espírita, porque é pecado!”; “Detesto ajudar os espíritas, porque...” e etc. É uma infinidade tão grande de argumentos que as pessoas utilizam para justificar suas atitudes preconceituosas para com os espíritas, que precisaríamos de muito espaço para relatá-las.
Determinadas práticas não são utilizadas nos Centros Espíritas, por não se enquadrarem nem no conteúdo doutrinário do Espiritismo, nem dentro das possibilidades lógicas para o nosso crescimento espiritual. Com esta posição, não estamos aqui criticando os irmãos das demais crenças, pois todas as religiões são abençoadas, são santas e atendem perfeitamente a cada pessoa que nela crê. Apenas estamos dizendo, que no Espiritismo não se usam. São elas: exorcismo; sacrifícios de animais e, muito menos, de seres humanos; paramentos, uniformes ou roupas especiais; promessas, despachos, riscaduras de cruzes e pontos; rituais de iniciação de qualquer espécie ou natureza; altares, imagens, andores ou outros objetos de cultos; confecção de horóscopo, cartomancia, tarot e outras práticas similares; istração de sacramentos como batizados e casamentos; concessões de indulgências e sessões fúnebres; rituais e encenações extravagantes; talismãs, amuletos, orações miraculosas, escapulários ou semelhantes; pagamento ou retribuição de qualquer natureza por benefício espiritual recebido; promessas; atendimento de interesses materiais para “abrir caminhos”; danças, procissões ou atos análogos; hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas; incenso, mirra, fumo, velas e outros que induzam à prática de rituais; qualquer bebida alcoólica ou substância alucinógena e outras práticas exteriores que esquecemos de citar. Nada disso é Espiritismo!
Se você frequenta ou foi a um Centro Espírita que promove qualquer uma destas práticas, esta instituição não está veiculando o Espiritismo na sua pureza original, mas sim, com enxertias para satisfazer algum interesse dos seus coordenadores. Isto, porque o Movimento Espírita é livre, não tem vínculos com instituições reguladoras, que ditam normas ou cobram contribuições monetárias ou o que quer que seja. A regulação do espírita é sempre a sua consciência que deve estar alinhada com a Lei Divina e os princípios instituídos pelos Espíritos da Codificação, sob a coordenação do professor Allan Kardec.
Repetimos que, todas as crenças são respeitáveis, todos somos irmãos, mas cada um tem sua maneira de chegar à comunhão com Deus, e, embora respeitemos o direito de pensar e de agir de cada um, cabe-nos evitar a enxertia em nosso ambiente religioso, que para nós é tão sagrado quanto o seu.
Por Ana Dulce Pamplona Frade
Centro Espírita Bezerra de Menezes
Rua Olegário Rabelo, nº 455, Bairro Brasília, Arcos/MG
Reuniões Públicas às terças feiras às 20hs e às quintas feiras às 19:30hs.
Aos sábados: Evangelização infantil e Escola de pais às 09:30hs; às 17h Campanha do Quilo e às 18:30hs Mocidade espírita.
Referências:
Fonte da imagem: Disponível em https://revistagalileu.globo.com/sociedade/historia/noticia/2023/05/allan-kardec-conheca-a- historia-por-tras-do-pai-do-espiritismo.ghtml
Rua Olegário Rabelo, nº 455, Bairro Brasília, Arcos/MG
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