Origens Celtas (500 a.C.) 4n611
O Halloween tem suas raízes na festa celta do Samhain (pronuncia-se "sow-in"). Os celtas comemoravam o final do verão e o início do inverno, quando o dia se tornava mais curto e a noite mais longa.
Eles acreditavam que, nessa época do ano, a barreira entre o mundo dos vivos e o dos mortos se tornava mais tênue e os espíritos retornavam à Terra. Fogueiras eram acesas para afastar os espíritos malignos e alimentos eram servidos com fartura para celebrar os mortos e as colheitas que os alimentariam durante o inverno.
Influência Cristã
Com a chegada do cristianismo, a festa do Samhain foi influenciada pela Igreja Católica. A ideia era transformar uma celebração, considerada pela igreja como pagã, que envolvia espíritos e o mundo dos mortos, em uma ocasião para honrar santos e falecidos cristãos.
O Allhallowtide, popularizado no século XI, é um período que abrange três dias importantes na tradição cristã, começando com a véspera de Todos os Santos, celebrada em 31 de outubro (All Hallows' Eve que mais tarde foi abreviado para Halloween), seguida pelo Dia de Todos os Santos (All Saints' Day), em 1º de novembro, e finalizando com o Dia dos Fiéis Defuntos (All Souls’ Day), em 2 de novembro.
Durante Allhallowtide, os cristãos lembram e honram os santos, mártires e todos os fiéis falecidos. É um momento de reflexão, oração e celebração da vida eterna. Halloween, que originalmente tinha raízes pagãs, tornou-se a primeira noite deste período sagrado, mesclando antigas tradições com novas práticas religiosas. Isso cria uma conexão fascinante entre o ado pagão e as observâncias cristãs.
Imigração e Influência Americana (século XIX)
Com a imigração irlandesa e escocesa para os Estados Unidos, o Halloween foi levado para o Novo Mundo. As tradições foram adaptadas e incorporadas à cultura americana, incluindo a prática do "trick-or-treating".
A primeira impressão vista do termo "trick-or-treat" (doces ou travessuras), aconteceu em 1927, no Canadá. Mas não se sabe ao certo como surgiu. O costume parou devido à Segunda Guerra Mundial, quando o açúcar teria que ser racionado. E teria se popularizado novamente nos anos 1950.
O costume de pedir doces seria derivado de práticas medievais. Na Irlanda e Escócia, durante o Samhain, crianças mais pobres iam de casa em casa oferecendo orações para as almas em troca de comida, costume denominado “souling”. Na Inglaterra Medieval havia uma prática parecida conhecida como “mumming”, onde grupos de pessoas se fantasiavam e saíam cantando, dançando e encenando pequenas esquetes em troca de comida ou bebida.
Fantasias
O uso de fantasias começou no final do século XIX na Escócia. As crianças acreditavam que se vestindo como os espíritos malignos, evitariam que eles fizessem mal a elas. Então elas se fantasiavam, usavam máscaras, carregavam lanternas feitas de nabo e saíam pedindo bolos, frutas e dinheiro nas casas.
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Abóboras
A tradição de usar abóboras vem da prática irlandesa de esculpir nabos em lanternas para afastar espíritos malignos. Quando os imigrantes irlandeses chegaram aos Estados Unidos, descobriram que as abóboras eram mais abundantes e fáceis de esculpir. Assim, nasceu a tradição da "jack-o'-lantern", uma antiga lenda irlandesa sobre "Stingy Jack," um homem que enganou o diabo e foi condenado a vagar pela terra com apenas um carvão em uma abóbora esculpida para iluminar seu caminho.
Hoje, abóboras esculpidas e iluminadas são um ícone clássico do Halloween, simbolizando a proteção contra o mal e adicionando um toque festivo às comemorações.
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Halloween Moderno
Hoje em dia, o Halloween é celebrado em muitos países. Evoluindo muito além de suas raízes tradicionais, se tornou uma mistura de elementos culturais, comerciais e comunitários que se destacam por festas temáticas, fantasias criativas, paradas e decorações elaboradas.
Economia no Brasil
Segundo Eduardo Cincinato, presidente da Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas e Flores (ABCasa) para a Central do Varejo, esse é um segmento que cresce cerca de 30% ao ano no Brasil. E de acordo com informações da Central do Varejo, analistas do setor de varejo e entretenimento projetam um crescimento entre 15% e 20% nas vendas relacionadas ao Halloween para 2024.
Fontes de pesquisa:
Brasil Escola
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